quarta-feira, junho 10, 2009

Liderança e motivação: quer ser levado mais a sério?

Você já percebeu que, em qualquer grupo, algumas pessoas são naturalmente levadas a sério, e outras não? E isso raramente tem relação com ser ou não sisudo - o indivíduo de gravata com mais cara de brabo e sem graça numa equipe pode não ser levado a sério por ninguém, e o colega que está sempre de bom humor pode ser visto com respeito por todos.
O que há em comum entre as pessoas que são levadas a sério? É difícil fazer uma lista completa, mas no caso das pessoas em posição de liderança (formalizada ou não), eu gosto de uma definição de W. E. B. Griffin: o que elas dizem tem um tom especial, que indica “eu serei levado a sério” - ou “eu serei obedecido”, no caso da liderança aliada a chefia formal. Mas esse tom não é produzido pela voz, e sim pelas atitudes, que aos poucos conquistam o respeito dos que estão ao seu redor.

E o que os outros vêem em nós, por intermédio das nossas atitudes, começa nas nossas escolhas e no modo como nós mesmos nos vemos - em outras palavras, o caminho começa quando nós mesmos começamos a nos levar suficientemente a sério. O artigo “5 Reasons People Don’t Take You Seriously and How to Fix It” apresenta uma série de razões pelas quais as pessoas podem não estar levando você a sério, e convido você a passá-las rapidamente em revista neste meu resumo. Vamos a elas:
Não manter a palavra: isso não significa exatamente a mesma coisa que “ser mentiroso”, neste contexto. Significa anunciar freqüentemente planos e intenções que na prática você acaba não realizando, fazer promessas que não poderá cumprir, ou mesmo que não pretende cumprir. A cada mês você anuncia que vai fazer uma dieta, que vai melhorar as condições de trabalho da equipe, e que no sábado que vem vai levar a família toda para a praia - e nunca cumpre? Então pare de anunciar que vai fazer as coisas que dependem apenas de você, e adote a política de fazê-las primeiro, e anunciar seu sucesso depois.
Não dar continuidade: você começa e não prossegue? Paga a academia e só vai na primeira semana? Começa o curso de inglês e deixa de ir já no segundo mês? Ninguém vai levá-lo a sério assim. Comece a compor planos de metas sucessivas, em degraus, e persiga cada uma das metas com atenção. E comece menos coisas. E… veja novamente o item 1.
Não separar trabalho e vida pessoal: não há problema nenhum em ir para a happy hour com os colegas de trabalho, ser próximo dos clientes, ou ter amizades reais no ambiente de trabalho. Mas - a não ser em casos específicos - colegas de equipe e clientes não deveriam ser todos os seus *melhores* amigos, e deve haver um limite a partir do qual a sua vida pessoal fica reservada em relação ao conjunto geral deles. Todo mundo tem seus desafios, e uma parte deles precisa transparecer; a outra parte deve ficar acessível apenas a quem tem interesse positivo e genuíno nela - não necessariamente seus colegas, clientes ou fornecedores.
Dar mais desculpas do que resultados: releia o item 1, e depois faça mentalmente uma lista das pessoas que você conhece e que têm sempre uma desculpa na ponta da língua para explicar por que não cumpriram aquilo que disseram que fariam, ou por que a culpa não é dela. Dar desculpas é um hábito companheiro da procrastinação, e leva as pessoas a não levarem você a sério. Faça acontecer, ou não se proponha.
Andar com a turma errada: esta tem várias alternativas - se as pessoas com quem você se associa são exatamente as que você deseja se associar, francamente, permaneça com elas e se concentre em outras formas de ser visto com seriedade pelos demais. Mas se você está associado sem razão, e freqüentemente questiona a atitude e as decisões destas pessoas, pare para pensar se quem olha de fora não faz os mesmos questionamentos em relação a você. Mas seja autêntico - nada de abandonar amizades genuínas ou virar a casaca pensando apenas na sua imagem - isso só fará com que ainda mais pessoas deixem de levar você a sério.
Fiz um rápido censo mental das pessoas em posição de liderança com quem convivo no trabalho e na pós-graduação, e que não são levadas a sério pelos seus públicos, e eu marcaria um X para cada uma delas em 4 dos 5 critérios acima.
Faça você também, e em seguida faça também uma auto-análise - talvez você reveja algum conceito! Depois compartilhe conosco nos comentários quais as características mais freqüentes que impedem os seus colegas de levarem a sério os líderes das suas equipes!

20 May, 2008, por Augusto Campos Carreira

domingo, junho 07, 2009

Investindo em valores eternos

Chegai-vos a ele, a pedra viva, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas diante de Deus eleita e preciosa. Do mesmo, também vós, como pedras vivas, constituí-vos em um edifício espiritual, dedicai-vos a um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.” 1 Pe 2:4,5

No último informativo “Entre Nós” escrevemos um pouco sobre o futuro da ABUB, e mencionamos o documento “Pedras Vivas”, que condensa a visão da CIEE (Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos) para os próximos 12 anos.

Citamos as prioridades estratégicas apresentadas neste documento, ressaltando que, enquanto trabalhamos para converter essa visão em realidade, três compromissos centrais permearão e sustentarão cada aspecto da vida da CIEE e, por extensão, da própria ABUB.

Nesta edição do “Uma Volta” gostaria de escrever um pouco mais acerca destes três compromissos fundamentais.

O primeiro deles é o compromisso com as Escrituras. Na sua primeira epístola, citando Isaías, Pedro nos lembra que “a palavra do Senhor permanece para sempre” (cap. 1, versos 24 e 25). Ela é o nosso referencial, nosso lastro. Sem esse compromisso ficamos à deriva.

Ter compromisso com as Escrituras significa que buscaremos aplicar a Palavra de Deus de maneira relevante em todas as áreas da nossa vida.

O segundo compromisso é o compromisso com a oração. Pedro, na mesma epístola, nos orienta a cultivar “uma vida de autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração” (4:7b). E o contexto aqui é a espera paciente pela renovação de todas as coisas, a manifestação gloriosa e definitiva do Senhor Jesus Cristo.

Ter esse compromisso com a oração indica que somos totalmente dependentes da ajuda e direção de
Deus em todos os nossos planos e ações.

Um parêntesis importante: como escreveu o pastor Ricardo Barbosa, devemos tomar cuidado para que a Bíblia e a oração não deixem de ser meios de relacionamento, e se tornem meras “ferramentas de trabalho”. Isso é mais perigoso ainda quando estamos imersos num ambiente que cultua o desempenho, os resultados, as estatísticas; enfim, onde a produtividade tornou-se o grande ideal.

O terceiro é último dos compromissos é o compromisso com a comunidade. Pedro também nos lembra que nós, que nem éramos um povo, fomos transformados no povo de Deus, para “anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Esse compromisso, portanto, tem como alicerce o chamado que recebemos para modelar a unidade que Cristo tornou possível a todos os crentes, independentemente de gênero, raça ou condição social.

Queridos irmãos, desta forma queremos desenvolver nossas prioridades, moldados pela Palavra de Deus, dependendo Dele em oração e demonstrando um amor sincero entre nós. Para que o Reino de Deus se manifeste, em palavras e obras, entre os estudantes e profissionais brasileiros!

Que o Senhor nos dê a graça de sermos fiéis!



"Uma volta pelo movimento" é o informativo da Secretaria geral da ABUB - nº 02/2009
Texto: Reinaldo Percinoto Júnior (Secretário Geral)
Edição e diagramação: Giovanna Amaral (Assessora de Comunicação)
Arte:Tiago da Costa
Foto da página principal: Giovanna Amaral
Foto: Arte da ABU Campinas

terça-feira, junho 02, 2009