sábado, setembro 19, 2009

Borboletas

(Dedicado à Renata Soares - Arquiteta e Designer)

Aaaahhh... As Borboletas...

Elas sim que são felizes... Não correm... Correr tanto pra que?

Elas voam...

Sopra em mim vento do Espírito
Contigo eu quero ir
Eu não sei de onde vem
Nem sei pra onde vai
Só sei que eu quero ir
Vento do espírito, sopra em mim

(Vento do Espírito -Aline Barros)

Onde iremos parar com tanta correria? "Tudo tem o seu tempo determinado "(Eclesiastes 3:1). Se nos trancamos no nosso mundo vamos parar no hospício; se optamos enfiar nossas cabeças nos livros e viver num mundo acadêmico, totalmente fechado, iremos ganhar prêmios, méritos e sucesso profissional, para chegar onde? Criticamos o alpinista que escala a montanha para no topo dizer: Cheguei! E nós? Negligenciamos nosso DEUS quando nos deparamos com as atividades seculares, desse mundo globalizado, que nos impulsiona a seguir em busca do nosso sucesso. Sucesso!?!?! Que sucesso que nada... Sucesso sem felicidade? Os verdadeiros cristãos vivem o sucesso da morte: “...o viver é Cristo, e o morrer é ganho”(Filipenses 1:2).

O cristão verdadeiro sabe fazer bom proveito da sua vida dedicando-se não unicamente mas, “buscando, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus...” (Mateus 6:33). Devemos cumprir com nossas obrigações pessoais; lutar por um mundo melhor, ser verdadeiros cidadãos; estudar; ser excelentes profissionais e não viver “única e exclusivamente” para trabalho ou qualquer outra atividade que roube de nós o direito de cuidar das coisas do reino, de nós e do nosso próximo. Devemos sim, lutar para uma vida mais digna, por nossos direito e deveres mas a nossa prioridade deve ser sempre agradecer, adorar, louvar e exaltar o nosso DEUS executando suas ordens com todo amor, obediência e carinho.

“Quem lavra sua terra terá comida com fartura, mas quem persegue fantasias se fartará de miséria.” (Provérbios 28:19)

Como diz Mário Quintana:

[“O segredo é não correr atrás das borboletas...] “Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber...” (Mateus 6:25).

[É cuidar do jardim...] “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça...” (Mateus 6:33)

[Para que elas venham até você...] “e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)

Júlia Karla - Militante da ABU Aliança Bíblica Universitária e Analista de Sistemas

quinta-feira, setembro 17, 2009

‘Narciso acha feio o que não é espelho’


Esse famoso verso de Caetano Veloso remonta à história mitológica de Narciso. Um deus grego que se achava dono de tamanha beleza a ponto de se apaixonar por si ao olhar seu próprio reflexo. É possível observar um olhar egoísta. Um ponto de vista que, por vezes, impera no meio cristão. Temos dificuldade de pensar a diferença. Adaptamos o mundo de acordo com os nossos valores, nossa cultura. Existe sempre uma pedra em nossa mão esperando a primeira oportunidade, uma primeira opinião diferente que destoa de todo nosso belo mundo.
Sempre nos inclinamos a acreditar que estamos certos, que somos justos e que tudo a nossa volta deveria ser do nosso jeito. Esquecemos que o outro também carrega um mundo próprio dentro de si. Uma bagagem de pensamentos e vontades ajustados em uma personalidade própria e que cria um ser novo, singular. Todos nós somos esse ser singular. É muito interessante termos esse tipo de visão quando falamos de Missões. É necessário desenvolver certa sensibilidade ao falarmos de Cristo porque estamos fazendo uma apresentação de alguém que se interessa muito por nossos anseios e predileções e que, ao contrário do que muitos acreditam, quer usar isso ao nosso favor. Quer nos amar do jeito que nós somos... diferentes!
Jesus nos enxerga seres cheios de habilidades e talentos, imersos em algum tipo de cultura. Um ser que tem certeza que a mudança necessária vai vir, dia após dia, junto com Ele. Uma mudança que traz uma nova mente, porém, ainda nos reconhecemos. Se conseguirmos como evangelistas, vestir alguém com essa ‘roupa nova’, e ainda assim ver que é o mesmo ser único que está ali e não um produto, com várias regras e limitações que, cedo ou tarde, vai se quebrar, se conseguirmos isso, seremos como Cristo. O Salvador que chamou, da mesma maneira, a Pedro e a João. A Lucas e a Tomé. A mim e a você. Cada um do seu jeito. Com sua própria bagagem. Mas todos, igualmente, filhos do mesmo Deus.
Somos inimaginavelmente belos aos olhos de Deus. Desejo que esses mesmos olhos divinos estejam em nós pra contemplar o belo que há no outro. Senão corremos o risco de morrermos como Narciso, afogado na sua arrogância, nos seus preconceitos e discriminações. Possuímos um universo interior em contínuo crescimento. E por mais que o esse universo interior continue se expandindo, que ele jamais consiga ultrapassar o limite do respeito. Respeito pelo diferente.

Por: Julia Ângela - Militante da ABU, colunista do site Point Maceió, estudante de Direito - CESMAC/AL e Letras - UFAL

http://www.pointmaceio.com.br/colunas/Narciso-acha-feio-o-que-nao-e-espelho.html

sábado, setembro 12, 2009

O Amor

Nesses últimos dias tenho pensado a respeito do amor. Não nesse amor piegas o qual se tornou banal em campanhas de arrecadação de dinheiro e alimento ou em músicas de sucesso. Não. Tenho pensado no amor que Deus nos falou e que Jesus, quando passou por aqui, nos mostrou como é. Quando pensamos nos dez mandamentos, vemos que o amor está no primeiro e no segundo lugar, se é que podemos ter uma hierarquia aqui. Que tipo de amor é esse? Não quero fazer um estudo teológico sobre o assunto. Nem quero dizer o que é e o que não é certo.

Acredito em Deus como um ser que se revela de maneira singular pra cada um de nós. E que deseja que seu amor genuíno se derrame através de nossas vidas. Como um líquido que transborda dum copo e alcança tudo o que ele pode, sem limites. O amor de Deus, esse que deveria estar nos nossos corações, não conhece raça, língua, tribo ou nação. E pra ser mais detalhista sendo também, paradoxalmente, mais simples até: o amor não enxerga roupas, palavras, gestos, fé. Não presta atenção na música ou ritmo que você prefere. Não se importa se você quer ouvir falar de religião ou não. O amor quer escutar mais do que falar. Quer calar mais do que gritar. Quer aprender mais do que ensinar. Permite que você se veja semelhante compartilhando o mesmo chão. O amor deixa que você seja mais amigo do outro do que soldado de Deus. Sendo as duas coisas ao mesmo tempo. Olha o paradoxo outra vez!
É difícil falar sobre o amor. É difícil senti-lo também. Ele se encontra no mais íntimo, no mais fundo. Posso ser um sino que toca a música dos anjos, mas falta algo no meu interior. E eu posso tentar escrever um texto sobre o amor, será só mais um dentre tantos sobre esse tema. O amor é atitude. E é mais uma atitude interior do que exterior. Posso doar tudo o que tenho aos pobres, Paulo me diz, mas se eu não tiver amor, esse sentimento que corrói pelo outro, que faz sofrer pelo outro, que me dá paciência pelo outro, que me dá fé pelo outro, que me dá alegria pelo outro, que me dá força pro outro, que me dá olhos pro outro, se eu não tiver esse amor, não faço nada. Desconfio até se, de fato, estou vivendo.
O amor é fazer o outro sentir que é percebido. Sentir que existe. Sentir que vive. Quando amamos de verdade, e não só de palavras, é como se soprássemos fôlego de vida nas narinas do nosso semelhante tal qual nosso Deus fez conosco. Fôlego de vida abundante, aquela que Jesus nos deu com sua morte na cruz. E se ganhamos algo com isso? Talvez alcancemos, ainda que em parte, a satisfação de sermos perfeitos como o nosso Pai. Que o amor de Deus nos inunde de tal maneira, transbordando e alcançando tudo, tudo mesmo, o que pode.

Por: Julia Ângela - Militante da ABU, colunista do site Point Maceió, estudante de Direito - CESMAC/AL e Letras - UFAL

http://www.pointmaceio.com.br/colunas/O_Amor.html

"Foi o tempo que [PERDESTE] com tua rosa que fez tua rosa tão [IMPORTANTE]" Livro: O Pequeno Príncipe

De acordo com Dicionário Aulete (http://www.aulete.com.br)

PERDER significa: Deixar de possuir ou de ter; ficar sem (algo).

IMPORTANTE significa: Aquilo que não se pode dispensar; ESSENCIAL.

Analisando o pensamento do escritor francês Antonie Exupéry do livro "O Pequeno Príncipe", logo de início temos a impressão de que [deixar de ter] tempo pra si e [dedicá-lo] a algo ou alguém pode ser um desperdício... Mas, na verdade o escritor quer nos levar a refletir que se investirmos um pouco de tempo com alguém, esse investimento com qualidade fará desse [alguém] importante em nossas vidas, por que iremos abrir mão de gozar momentos de forma egoísta a compartilhar com o outro um tempo de nossas vidas.

Eis a questão: - Quanto de seu tempo você tem perdido [tornado importante] com DEUS? Estamos investindo quanto do nosso tempo com as coisas do Reino? Será que dizimar é apenas devolver 10% daquilo que obtemos financeiramente? Ou dizimar é devolver; investir; perder; dedicar a DEUS; as coisas do Reino, o que temos?

Nós recebemos diariamente 24 horas pra realizarmos nossas tarefas diárias e nem sempre estamos tornando importante os 10%, ou seja, 2 horas e 40 minutos desses dias. Recebemos compreensão, amor, carinho, aconselhamento, alimento, calor humano, saúde, entre outras coisas e, milhões de pessoas no mundo adoecem; cometem suicídio devido a vida vazia e sem sentido, por falta de DEUS e de pessoas que são incompreensivas; desamorosas; frias; que não se compadecem [perdendo] um pouco do seu tempo para ajudar aos miseráveis e carentes como DEUS nos ensinou.

Que tipo de cristãos temos sido? Frios e vazios ou verdadeiros adoradores que [perdem] tempo dando a importância devida [ESSENCIAL] a DEUS em nossas vidas?


“É o tempo que [perdes] com teu DEUS que faz teu DEUS tão [importante]”

Júlia Karla - Militante do Movimento ABU - Aliança Bíblica Universitária e Analista de Sistemas

quarta-feira, junho 10, 2009

Liderança e motivação: quer ser levado mais a sério?

Você já percebeu que, em qualquer grupo, algumas pessoas são naturalmente levadas a sério, e outras não? E isso raramente tem relação com ser ou não sisudo - o indivíduo de gravata com mais cara de brabo e sem graça numa equipe pode não ser levado a sério por ninguém, e o colega que está sempre de bom humor pode ser visto com respeito por todos.
O que há em comum entre as pessoas que são levadas a sério? É difícil fazer uma lista completa, mas no caso das pessoas em posição de liderança (formalizada ou não), eu gosto de uma definição de W. E. B. Griffin: o que elas dizem tem um tom especial, que indica “eu serei levado a sério” - ou “eu serei obedecido”, no caso da liderança aliada a chefia formal. Mas esse tom não é produzido pela voz, e sim pelas atitudes, que aos poucos conquistam o respeito dos que estão ao seu redor.

E o que os outros vêem em nós, por intermédio das nossas atitudes, começa nas nossas escolhas e no modo como nós mesmos nos vemos - em outras palavras, o caminho começa quando nós mesmos começamos a nos levar suficientemente a sério. O artigo “5 Reasons People Don’t Take You Seriously and How to Fix It” apresenta uma série de razões pelas quais as pessoas podem não estar levando você a sério, e convido você a passá-las rapidamente em revista neste meu resumo. Vamos a elas:
Não manter a palavra: isso não significa exatamente a mesma coisa que “ser mentiroso”, neste contexto. Significa anunciar freqüentemente planos e intenções que na prática você acaba não realizando, fazer promessas que não poderá cumprir, ou mesmo que não pretende cumprir. A cada mês você anuncia que vai fazer uma dieta, que vai melhorar as condições de trabalho da equipe, e que no sábado que vem vai levar a família toda para a praia - e nunca cumpre? Então pare de anunciar que vai fazer as coisas que dependem apenas de você, e adote a política de fazê-las primeiro, e anunciar seu sucesso depois.
Não dar continuidade: você começa e não prossegue? Paga a academia e só vai na primeira semana? Começa o curso de inglês e deixa de ir já no segundo mês? Ninguém vai levá-lo a sério assim. Comece a compor planos de metas sucessivas, em degraus, e persiga cada uma das metas com atenção. E comece menos coisas. E… veja novamente o item 1.
Não separar trabalho e vida pessoal: não há problema nenhum em ir para a happy hour com os colegas de trabalho, ser próximo dos clientes, ou ter amizades reais no ambiente de trabalho. Mas - a não ser em casos específicos - colegas de equipe e clientes não deveriam ser todos os seus *melhores* amigos, e deve haver um limite a partir do qual a sua vida pessoal fica reservada em relação ao conjunto geral deles. Todo mundo tem seus desafios, e uma parte deles precisa transparecer; a outra parte deve ficar acessível apenas a quem tem interesse positivo e genuíno nela - não necessariamente seus colegas, clientes ou fornecedores.
Dar mais desculpas do que resultados: releia o item 1, e depois faça mentalmente uma lista das pessoas que você conhece e que têm sempre uma desculpa na ponta da língua para explicar por que não cumpriram aquilo que disseram que fariam, ou por que a culpa não é dela. Dar desculpas é um hábito companheiro da procrastinação, e leva as pessoas a não levarem você a sério. Faça acontecer, ou não se proponha.
Andar com a turma errada: esta tem várias alternativas - se as pessoas com quem você se associa são exatamente as que você deseja se associar, francamente, permaneça com elas e se concentre em outras formas de ser visto com seriedade pelos demais. Mas se você está associado sem razão, e freqüentemente questiona a atitude e as decisões destas pessoas, pare para pensar se quem olha de fora não faz os mesmos questionamentos em relação a você. Mas seja autêntico - nada de abandonar amizades genuínas ou virar a casaca pensando apenas na sua imagem - isso só fará com que ainda mais pessoas deixem de levar você a sério.
Fiz um rápido censo mental das pessoas em posição de liderança com quem convivo no trabalho e na pós-graduação, e que não são levadas a sério pelos seus públicos, e eu marcaria um X para cada uma delas em 4 dos 5 critérios acima.
Faça você também, e em seguida faça também uma auto-análise - talvez você reveja algum conceito! Depois compartilhe conosco nos comentários quais as características mais freqüentes que impedem os seus colegas de levarem a sério os líderes das suas equipes!

20 May, 2008, por Augusto Campos Carreira

domingo, junho 07, 2009

Investindo em valores eternos

Chegai-vos a ele, a pedra viva, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas diante de Deus eleita e preciosa. Do mesmo, também vós, como pedras vivas, constituí-vos em um edifício espiritual, dedicai-vos a um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.” 1 Pe 2:4,5

No último informativo “Entre Nós” escrevemos um pouco sobre o futuro da ABUB, e mencionamos o documento “Pedras Vivas”, que condensa a visão da CIEE (Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos) para os próximos 12 anos.

Citamos as prioridades estratégicas apresentadas neste documento, ressaltando que, enquanto trabalhamos para converter essa visão em realidade, três compromissos centrais permearão e sustentarão cada aspecto da vida da CIEE e, por extensão, da própria ABUB.

Nesta edição do “Uma Volta” gostaria de escrever um pouco mais acerca destes três compromissos fundamentais.

O primeiro deles é o compromisso com as Escrituras. Na sua primeira epístola, citando Isaías, Pedro nos lembra que “a palavra do Senhor permanece para sempre” (cap. 1, versos 24 e 25). Ela é o nosso referencial, nosso lastro. Sem esse compromisso ficamos à deriva.

Ter compromisso com as Escrituras significa que buscaremos aplicar a Palavra de Deus de maneira relevante em todas as áreas da nossa vida.

O segundo compromisso é o compromisso com a oração. Pedro, na mesma epístola, nos orienta a cultivar “uma vida de autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração” (4:7b). E o contexto aqui é a espera paciente pela renovação de todas as coisas, a manifestação gloriosa e definitiva do Senhor Jesus Cristo.

Ter esse compromisso com a oração indica que somos totalmente dependentes da ajuda e direção de
Deus em todos os nossos planos e ações.

Um parêntesis importante: como escreveu o pastor Ricardo Barbosa, devemos tomar cuidado para que a Bíblia e a oração não deixem de ser meios de relacionamento, e se tornem meras “ferramentas de trabalho”. Isso é mais perigoso ainda quando estamos imersos num ambiente que cultua o desempenho, os resultados, as estatísticas; enfim, onde a produtividade tornou-se o grande ideal.

O terceiro é último dos compromissos é o compromisso com a comunidade. Pedro também nos lembra que nós, que nem éramos um povo, fomos transformados no povo de Deus, para “anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Esse compromisso, portanto, tem como alicerce o chamado que recebemos para modelar a unidade que Cristo tornou possível a todos os crentes, independentemente de gênero, raça ou condição social.

Queridos irmãos, desta forma queremos desenvolver nossas prioridades, moldados pela Palavra de Deus, dependendo Dele em oração e demonstrando um amor sincero entre nós. Para que o Reino de Deus se manifeste, em palavras e obras, entre os estudantes e profissionais brasileiros!

Que o Senhor nos dê a graça de sermos fiéis!



"Uma volta pelo movimento" é o informativo da Secretaria geral da ABUB - nº 02/2009
Texto: Reinaldo Percinoto Júnior (Secretário Geral)
Edição e diagramação: Giovanna Amaral (Assessora de Comunicação)
Arte:Tiago da Costa
Foto da página principal: Giovanna Amaral
Foto: Arte da ABU Campinas